Pois é, eu quero me assumir desde os meus 14 anos de idade, foi quando eu comecei a me sentir diferente pra cacete...Me sentia uma estranha na multidão ao ponto de que quase nenhuma disciplina escolar me satisfazia senão alguma que eu soltasse meus bichos.
O tempo foi passando e eu acreditando que poderia fugir de mim e me enquadrar nos formatos socialmente aceitáveis, por isso passei por diversas experiências e nada me satisfez...Nada me fez feliz ou me trouxe prazer.
É preciso coragem pra se assumir o que se é...é o que todo mundo diz, mas o que ninguém sabe é que em uma determinada altura da vida, nada te resta além de ser o que você é, então nesse momento não é mais a coragem o impulso: é o instinto de sobrevivência.
Calados aceitamos as imposições sociais, pois é preciso sobreviver, e para sobreviver, aprendemos que temos que escolher nosso papel, sorteando na caixa da vida aqueles únicos papeizinhos que o mundo pode te oferecer...e fora dessa caixa se encontra simplesmente a vida.
ENSINO hoje em dia deveria mudar de nome: Passo a chamar ensino de RESTRIÇÃO, pois ele foi pra mim e pra muitos a mais completa castração.
Mas chega! Vou dar um basta pra essa bosta e hoje, dia 7 de outubro de 2012, vou dar um foda-se pra essa existência castradora: Eu não sou mulher, não sou mãe, nem designer, nem professora, nem esposa, nem avó, nem pessoa, não tenho sexo, cor, credo, eu sou tudo e não sou nada. Gente vou confessar, assumir ônus e bônus:
Vida!! Eu já nasci, cresci e espero morrer ESCRITORA!!
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