quinta-feira, 13 de setembro de 2007

A família




É engraçado como os grupos familiares adquirem hábitos, "protocolos" de comunicação tão diferentes uns dos outros.Eu particularmente, cheguei a conclusão que na "minha engrenagem", minha família, não há protocolo algum (ou talvez há e eu não enxergue)..mas todo mundo fala o que quer, e ás vezes o que não quer...Numa conversa outro dia com meu irmão, chegamos a conclusão que não temos limites para as verdades, esse de certa forma, é nosso protocolo...que por muito, julgamos ou aceitamos como correto, o que parece estranho a vista de muitos, a forma que falamos de nós mesmos, de nossa família, de nossos conflitos, de sexo entre outras coisas.Conheci uma família que pensa, que os indivíduos pensam dez vezes antes de se comunicar uns com os outros, se analisam, pesam, evitam assuntos, planejam meios e fins...me "choquei" com isso...Não era pra me chocar...Como disse em outro post, em uma instância, somos o que aprendemos a ser, e isto nos impõe um limite de comportamento, que é difícil ser violado.Grupos familiares olham uns ao outros como anormais...e são realmente uns para os outros.Quando uma nova família começa a se formar, homem traz consigo suas engrenagens, mulher as suas...fase de choque...formação de uma nova engrenagem...que depende, carrega vícios, problemas a felicidades das anteriores.Sinto que minha engrenagem, meus hábitos...são muito peculiares e raros dos das outras famílias, não diria bom ou ruim, diferente...mas talvez todos se sintam assim.








Cada um em seu "Show de Truman"








Todo mundo se acha normal, na verdade creio que a "normalidade" seja apenas fazer parte de uma maioria estatística. Essa "Normalidade" se dá em três tipos de convívio:

1-Com a sociedade (coletividade em geral, trabalho, amigos):
TODOS fazemos parte disso (nós os "não enclausurados em um hospício")...Seguimos a moda, compramos o novo celular, trabalhamos (ou não), conversamos diariamente com um amigo ou outro, ou seja, existe uma grande faixa de unanimidade entre todos nós...E existe uma força que nos impulsiona a participar dessa unanimidade e aplacar assim uma possível solidão.

2-Com a família:
Abaixo desse comportamento "unânime" com a sociedade, há obviamente um comportamento peculiar de cada indivíduo, que nem é só do indivíduo: É o que sua família, sua realidade, seu "Show de Truman" o permitiu enxergar como realidade.Nesse ponto a estatística de realidade, já começa a se diferir bastante uma da outra.

3-Consigo mesmo:
Mais abaixo desse "show", tem o próprio indivíduo, que, esse sim, se difere totalmente um do outro, assim como a probabilidade de encontrar um rosto igual ao outro é ínfima, temos as personalidades...Essa sim, é nossa identidade natural, primordial...diversa e fora de qualquer estatística...se a seguirmos, certamente saíremos da estatística geral de unanimidade.







Por isso a IDOFOBIA

O que seria você sem os padrões da família e da sociedade?