domingo, 28 de outubro de 2012

Pessoas Esfinge



Nós falamos muito sem as palavras, todos sentimentos que privamos de verbalizar, explodem, e se expressam através do corpo, de seus engasgos, de suas mudanças de máscaras, de "provas" por vezes até inconscientes.

As máscaras falam...então, antecipem suas palavras, deixem que ela diga pela própria boca, o que quiser proferir...mesmo por que o interlocutor pode ter uma "analfabetismo funcional emocional".


...O que modéstia à parte, não é o meu caso: eu leio o silêncio, convivi com pessoas que falam com gestos, o que eu nunca compreendi muito bem o porque...me parece um certo tipo de tortura, sadismo...

Eu nunca fui misteriosa, sempre fui vidro transparente, e acho isso tão mais simples...economiza paciência...ajuda a não perder tempo, pois a vida é curta.

A esfinge tinha lá seus motivos...queria TESTAR Édipo, e é isso que alguns mudos falam com suas entrelinhas: "Eu te desafio a me amar."

Eu guardo meus enigmas, para a minha arte...e não cultivo bloqueios nela, e nem em minha expressão...mesmo assim certamente digo, coisas que não sei que digo em diversas situações, mas deve ser pouco, na medida que eu tanto coloco pra fora em palavras pensadas.

Esfinges no fundo tem é medo, e se comportam como uma pista cheia de obstáculos, pra verificar se o corredor, tem condições de subir no pódium.

Como eu nada temo, eu falo tudo o que quero, não temo me machucar, eu gosto dessas feridas...ela sempre me ensinam alguma coisa, e eu me ergo de novo imediatamente.

As pessoas tem tempos diferentes, já aprendi a aceitar isso, ler entrelinhas, jogar o jogo, ir lançando os dados. Até o momento que a esfinge compreender, que enigmas devem ser lançados, é para os adversários.

No jogo da vida (e não da Esfinge), o melhor a fazer é se entregar, pagar pra ver, aguentar as consequências, chegadas de bônus e ônus, que sempre vão existir.

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