quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Era das Citações




Porre...vejo pessoas armadas com compêndios, colecionando nomes de filósofos, pensadores, escritores, físicos, químicos, etc...

Acho o conhecimento o elemento mais afrodisíaco da vida...mas alguns comportamentos não entram em minha mente, ainda bem: Conheço alguns estudiosos que pegam essas referências, mastigam uma parte, engolem um pedaço, vomitam os restos que não lhe servem, mas isso é raro, e tento me perguntar o por que disso.

Outro dia fiquei sabendo que pra você defender uma tese, seja de graduação, mestrado, doutorado, você absolutamente não pode incluir suas idéias: precisa defendê-la com a idéia alheia. 

O estapafúrdio disso é que grande parte dos indivíduos que alcançaram esse nível de estudo, perpetuam sua existência como uma eterna defesa de tese: É fundamental o embasamento pras suas conclusões e o raciocínio, pouco conta, pois ser doutor ou mestre, pra muita gente, passou a ser um atirador de idéias dispersas.

Mais chato ainda, é você compreender que isso, que termina no topo da elite educacional, começa na base da educação, formadora de soldados autômatos.

Julgo que UNS DOS MOTIVOS dessa catástrofe, é a desvalorização do pensamento artístico e da expressão, assim como a coisificação da mente e do comportamento humano.

Gritamos sob a bandeira da geração que transforma a moral em algo mutante, mas só pensamos na moral como as regras de relação amorosa ou ética, de uns para com os outros. 

Temos um nó cego ao tentar apontar em nós mesmos, nossos bloqueios de raciocínio, esse também gerado por uma moral milenar que recebeu uma cartada final na era da comunicação, que nos manteve em passividade absoluta com relação ao conhecimento. 

Não passamos céticos e dogmáticos ... e por baixo dessa pele falsa de pragmatismo estão nossos pensamentos, soterrando toda e qualquer ação salvadora.

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