quarta-feira, 9 de abril de 2008

Quando "Quando nietzsche chorou" fez Erika chorar...



Será Felicidade sinônimo de “Desejo não cumprido”? Ficam as “ações executadas” predestinadas ao enjôo e ao tédio?Como o prato predileto que quando comido diversas vezes causa náuseas?
Manter metas inatingíveis pra mim, ajuda a viver...assim como cumprir metas uma a uma é racional e paradoxalmente desumano.

Não ser reflexivo é enebriante! Nada mais tranqüilo que uma vida com início meio e fim planejados, nada como ser conduzido ser saber que está sendo conduzido...nada mais feliz que a ignorância!
Se eu fosse feliz, a mim só restaria a morte, pois antes o desejo que o desejado...por isso justamente, sempre compartilhei da opinião que determinado tipo de amor não existe. O que existe é o prazer íntimo da conquista.

O “vazio” interno que se preencheu com uma pretensa posse do predicado alheio.Como se fosse o amor um bem de consumo, um produto que reafirma pro nosso ego: “Sou bom, sou bom!”
A apropriação da beleza que não possuímos, da nossa inteligência escassa, a vida que nos falta...Amaríamos se fossemos inteiros?

Cômodo não desejar a auto-suficiência...Solitário.. Será?
Seriam auto-suficiência e solidão a antítese da dependência e do amor?
As pessoas gostam de se olhar no espelho...esse é o princípio de tudo, das ações de todos os anjos ou demônios: A compulsão pelo amor próprio é capaz de degradar ou construir...mas a motivação é sempre egoísta.

O amor pelo espelho e pelos nossos prazeres faz com que amemos nossa mãe, perdoemos nossos irmãos (sangue do nosso sangue), procuremos a estapafúrdia “alma gêmea” (que é uma metáfora xifópaga a uma perfeição quase nazista), e a idealização de um Deus a nossa própria imagem e semelhança.

Mulher, moral, costumes...



É...a maternidade nos manteve nas cavernas enquanto o bicho homem ia caçar...se seus hormônios desde já os favoreciam, que dirá a própria evolução da espécie guiada pelas tarefas repetitivas e pela própria seleção natural...E fomos continuando nas cavernas, e exemplificando, as que não ficavam não reproduziam e morriam mais cedo, encerrando ali seus “genes de atitudes”.
Não acredito que sentimento materno fosse algo tão forte como de hoje em dia, mas em compensação, os instintos é que mantinham essa preservação de espécie, que talvez fizessem com que as mulheres criassem e alimentassem sua cria, mas também talvez não chorassem pela dor ou morte de seus filhos, por ser tão habitual...sentimento em geral no ser humano, é algo que nasceu junto com “moral e bons costumes”, assim como a própria “Maldade”.
O homem (macho) provavelmente desde lá, aguçou seu sentido de dominação, sob as próprias fêmeas, mais pelo desejo de uma espécie de escravização (manter sexo e “Lar”...talvez os filhos fossem o de menos).
O tempo foi passando, todos os papeis importantes foram assumidos por ancestrais desses homens, que por muitos anos, culturas e gerações tornaram o papel da mulher desimportante, não simplesmente profissionalmente, mas em todos os aspectos sociais.
Da Grécia antiga, há cartas de guerreiros de Alexandre, que ao se comunicarem com as esposas grávidas, deixava claro: Se for mulher, exponha! Ou seja, largar a sorte dos Deuses, que iriam decidir se era merecido aquela menina morrer nas garras dos lobos, ser recolhida por prochenetas para se tornar prostituta (na melhor das hipóteses). Na falta de melhores condições, prostituição se tornou uma saída para as mulheres assim como durante a segunda guerra elas podiam ser datilógrafas.
Os gênios são homens. Os artistas principalmente, mulheres nunca tiveram sequer tempo pra isso...E se hoje temos, seja tempo, seja oportunidade ou canais para estudos e aprendizado...temos em nossas costas séculos de submissão crendo que inteligência, se conseguimos nesse momento, é válido simplesmente pelo nosso sustento e de nossa família...ou quem sabe para atuar num cargo de Doutora em alguma coisa que vai contribuir em alguma migalha para a humanidade. Aliás, ninguém, nem homem nem mulher, têm mais como contribuir em grande escala nesse grande emaranhado de civilizações , culturas e tecnologias que é o nosso tempo.
O sentido de dominação também foi modificado, visto que as potências e não mais os machos dominam (apesar de alguns acreditarem ainda nisso).
Eu não enxergo o “Gênio”, nem espécie macho nem fêmea...Por que não enxergo um motivo justo pra sua existência nessa nova civilização caótica e banal.
Não enxergo bem ou mal em função dessa mesma origem e destinos, muito menos o certo e errado, pois se dores e sentimentos são tão adaptáveis a cultura. A visão de indivíduos até da mesma civilização são diversos mesmo estando dentro do mesmo contexto. Como ter a pretensão de empatizar com outros contextos?