terça-feira, 11 de setembro de 2012

Foda-se a culpa, o carma e a reação.




Foda-se a culpa, o carma e a reação. Que eu me penitencie pra me redimir mais rápido, que eu vá para o inferno, que eu protele minhas dívidas para o conceito de outra encarnação. Que qualquer dor que surgir eu expulse com uma maldição. Filha da puta da rendição! Pega o pote! Pesa a porra do meu coração! Tá leve? Angústia não tem peso compatível a qualquer medição, e a alma? Essa é leve no rei, na puta e no ladrão...então...caralho! Chega de viver a vida como quem teme o julgamento, o crime e a prisão.

Minha beatitude só me trouxe solidão: não vi, não vivi, pouco ouvi, pari, cuidei, amei...batizei ou deixei pagão, protegi, mas ninguém, dos que mais amei foi capaz de estender a mão. Cretina fui eu, que dei esperando compensação.

Quem sabe até ajudar aos mendigos me traga mais retorno e reciprocidade, meu ventre...está vazio e os que dele fugiram não tem nem saudade...Seco meu rosto, a última que resta a morrer é a fé na integridade, não me importa pra onde eu vou quando partir, meu umbral é no chão desta cidade.

Paciência é o cacete, a tolerância já ruiu...EU QUERO VIVER e não mais me importar com aqueles que mais amei, e vi cada um se transformar no que mais me feriu. Pedindo a conta garçon! O couvert? Mas nem pra ponte que pariu!!! E me dá meu troco em moedas pois duas já são de Caronte. Ao invés de água, rio e pedras: Hades, eu quero beber da sua fonte!!!

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