segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Clareando a palavra amor...




A dona do passado se chama "Culpa", não acuse o amor. Ele é cego, surdo e mudo pra esse tempo. Sim, ele pode surgir do meio de um temporal de dores e amarguras, vai te pegar pelos braços e fazer você olhar pra frente.

Ele imobiliza seu rosto pra que só olhe pra luz, e te ensina definitivamente que errar e consertar é humano, e que não existe erro eterno: eles são como pegadas na areia que o tempo desmancha, seja qual for...dores se dissipam em velocidades diferentes, mas sempre dissipam.

É mesquinho idealizar o amor, bestializamos esse ideal como uma forma de pão: esse é o formato que eu quero, se encaixe nele, um pouco mais pra cá, pra lá...aaa, mas você prometeu que iria mudar!! Eu prometi que iria me largar? Existe promessa de não existir? Se existe não deve ser o amor...imaginem com outra semântica: "Não, você não pode ser calado, só extrovertidos estão ao meu lado...aí vc se torna um ventríloco ambulante...

Os objetos de desejo são em geral são perfeitos! Mas o seu desejo não existe, é mera ilustração, fantasia, há que se amar o torto, o errado assim como se ama o bonito.

Amor não perde tempo modelando, esculpindo, é parar na frente da obra feia, e dizer: Que lindo!

Mas pra amar, precisa se olhar no espelho e dizer: Pronto, cansei, eu quero...Não faz sentido, é ilógico mas eu vou! Precisa se perdoar, e estar ciente de que se o outro quer sentir de verdade: vai ter que aceitar a TUA realidade.

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