Mas como segurança? Se moramos em
uma bola que flutua no nada...Desconheço meu próprio universo, sempre em
expansão e não estou certa se rodarei sempre em torno do sol. Não me protejo
dos corpos celestes e pode cair um asteróide, ou quem sabe: A terra mal
acomodada pode abruptamente tremer estourando usinas.
...Buraco negro, que me faz
pensar que apenas existimos pela impossibilidade do “nada”...tudo longe e
desconhecido...Onde haverá recursos para outras formas de vida? Outro acaso
como nós?
Humanidade!!! Às vezes olho a
minha volta, e por mais que eu tenha minhas crenças, eu refuto a possibilidade
de não sermos nada, não termos realmente importância alguma, de termos o acaso
da inteligência nos fazendo crer que somos mais importantes do que cada gota do
oceano, cada poeira cósmica. Me distanciando de “Deus” a cada dia que se passa,
me aproximo de uma força maior. A que tira de mim toda arrogância e prepotência
de crer que sou privilegiada acima de todas as coisas. Abro mão dos privilégios e me coloco na mesma altura de todos os seres
vivos. Esta força seja lá qual for já me guia independente dos meus pedidos,
com o mar, o vento e as estrelas e não as culparei por qualquer fracasso. Eu peço
perdão por todos nós e sou agradecida a essa natureza por me proporcionar a
experiência da vida. Agradeço pelo cosmos e quem sabe a alguma conjuntura
estrelar por me permitir ser uma observadora neutra. Acho realmente tudo
estranho e engraçado, as preocupações, os valores...isso por que não consigo
pensar apenas no aqui e hoje, no riso fácil...não dá...
Objetivo. Isso eu quero continuar
crendo: que todo esse conglomerado de coisas, formas, vidas, valores...tem um
objetivo. O único que consigo imaginar é o nosso crescimento, estou longe de
entender o por que... mas temos que crescer, amar, ser solidários...para que
nos tornemos...Será? Será que existem criadores e criaturas? Acho que
sim...então, enquanto não passamos de criaturas vamos aguardar “as ordens” dos
criadores, sejam eles deus, deuses ou seja o que for que nos tire a
responsabilidade do destino das coisas.
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