A vida é breve, e de noite
Eu penso no seu objetivo
Mas não encontro respostas
Por isso, não sei
Se vale à pena agir, crescer, ter...
Temporadas vem e vão
Encobrindo camadas de
pele jovem
Trazendo frutas e
engolindo amores
Mas a qual artista de toda criação
estaríamos contemplando¿
em que direção é a sua morada¿
Batamos palmas então
Rodopiando ao vento
Agradecendo o reconhecimento
Do desconhecido...
Soframos a dúvida
De que aqui é apenas breve passagem
Ou é nossa morada eterna.
O que fazer por ela,
Que hora nos deixa expostos
Hora nos acalenta com suas nuvens
Sol, estrelas e até concreto armado
Batamos palmas para esse gênio
Que pode até ser o vazio
Nos fazendo crer
Que dele somos diferentes
Mensagens, mensagens, mensagens
Que vem e vão
De povos indígenas, errantes
Bárbaros, ciganos, urbanos
Rupestres...
As vezes quero partir
Num trem que não sei o destino
Mas que me leve para longe daqui
Deste zoológico de jaulas invisíveis
Sem temer os danos ...
Onde está o lugar no universo
Onde realmente se produz¿
E se ele existir,
Queria estar lá,
Mesmo na possibilidade
De eu ser apenas uma engrenagem
Do criador
Que se mova e que faça mover...
Pois hoje,
Tudo que vejo
É ferro velho e material de reposição
Estoque
Entulho
Embrulho
Oposto do orgulho
Nenhum comentário:
Postar um comentário