domingo, 10 de junho de 2012

Eu quero minha adolescência pouco dançada!






Suplico pela lembrança das caronas para Itacoatiara e suas tardes onde a alienação se apiedava do meu futuro...

Fecho os olhos e palavras não me vem, só rodopios e cabelos esvoaçantes, ombros estáticos sobre ancas frenéticas. Suor! Descalça....O cabeço suado colado no rosto...roupa grudada em nada incomodando.

Desvario despreocupado com as horas, olhares não intelectuais falando com minha boca.

Corpos! Que gritam o que minhas palavras calam.

Desengonçada ou provocadora, viva...Replicante do meu sangue dos vários continentes me batendo, batendo por dentro como sendo eu o próprio tambor.

Tchau, sua besta intelectual, vá embora e deixa a outra ficar, aquela que calculava mentiras bobas e se ria delas. Que acordava vibrando quando a sol passava sob a fresta da cortina, e nada era preciso além de qualquer biquíni e um trocado para a coca-cola e o hambúrguer...a carona chegava...

A cortininha que não escondia quase nada que realmente não queria estar escondido. A alegria pura. O sal ressecando os cabelos longos, emoldurando a face tão morena, de pastas brancas protegendo como pintura de índia...

Para onde eu fui!! Deixei minha alma na praia¿Há multiverso que me ajude a voltar¿ Não...mas quem sabe muitos versos...me ajudem a quebrar tudo. Salgar o cabelo¿ Manchar o baton, subir a saia¿

Gritar e rodopiar ao vento.

Basta fechar os olhos e rodar, rodar, rodar...Erikaaaaaa, eu quero voltaaaaar!!!

Nenhum comentário: