segunda-feira, 4 de junho de 2012

Elementos


Eu sempre me perdi entre todos os elementos, e quando eu era para ser calmaria eu fui vento...de tantos mares, tantas águas que eram para ser regulares como os rios, fui tsunamis...e fiz parte deles nos meus sonhos, sendo tragada, tragada...e para me salvar fui subindo, subindo nas ondas...tanto, que o descer poderia ser fatal.

O fogo sempre me salvou, chegando em lentos relâmpagos em advertência para as tempestades que chegariam, ele não me trouxe a paz mas me acendeu sempre a luz, a antecipada luz que permitia, nos momentos em que a onda estava láaaaa em cimaaaaaa, olhar tudo com clareza...a clareza do ar que me traga desse maremoto imaginário, e me permite sobre ele pairar, e ver tudo de cima...o ar me contou que das vezes que ele foi vendaval, foram minhas emoções que o fizeram, ele agora calmo, me aconselha a fazer uma amizade com a terra, a fugidia terra...o ar repetiu o sussurro da terra: Erika...você vai conseguir ficar aqui se fizer as pazes com o mar...

De nada me resta senão me queimar no fogo...se eu não conseguir apaziguar meu pensamento, minha razão e meu mar emoção...que são imensas e confusas dentro de mim...

Esse fogo intuitivo que sempre me falou e eu muitas vezes não ouvi, ele me faz sentir com um simples arrepio, que eu não tenho saída. Nada me resta senão o aprender a trafegar...a navegar, caminhar, voar....

Quem não navega em paz é tragado. Pelas suas oposições, pelo seu desequilíbrio, pelas enormes forças que você possui, mas a transforma em demônios... sendo elas o seu único anjo... seu único condutor.

Olhe para dentro. Sinta a sua força e escute seus sonhos, neles estão o que você se recusa a ouvir, e o que você precisa para crescer.

Não, não evite terremotos, maremotos, tsunamis, vendavais, grandes fogueiras, pois são elas que te trazem a intensidade da vida...mas deixe essas naturezas fazerem as pazes, para que você não se aproxime de um momento em que só uma dessas forças te trague, use-as para te salvar...para te ajudar a circular, a ir...e a voltar...

Mas nunca se conforme em estar parado, nem sob a terra, boiando sob o mar... sufocado pela falta de ar ou sem o fogo de suas intuições.

Está dentro de você, e não fora, as armas para suas revoluções...ouça...

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