Recebemos dois
presentes, um que liberta e um consome...um são os pensamentos,
que se sentem pássaros rodopiantes, outro é onde eles pousam: o corpo, essa gaiola penitente.
Dizem que um maravilhoso mestre dos céus, trouxe a vida de
presente...esse breve espaço onde mesmo estando, nos sentimos ausentes..
Não somos dignos de
pairar revoadas, acompanhar manadas, estar em terras povoadas...empatizamos com
a célula ainda não animada, protozoários inertes, átomos rodopiantes, buracos negros, vórtex errantes. Pensamos tanto que nos
identificamos com irracionais “impensantes”.
Eu só sei que não sei da nada, pois pouco me importa todo
movimento dessas terras sob as pessoas paradas, diz-se por aí, que nossos
restos ficam nessa base de crostas como covas, sendo elas inertes depósitos
mortos de nossos restos.
Não! Isso eu sei! Somos nós tanto o resto quanto a cova! O
martírio e o sepulcro, o enterro da natureza,
somos o cemitério da energia que se
estagnou, crentes que somos os responsáveis pelo Universo que se expandiu.
Somos apenas a matéria que não vingou.
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