sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Carta aos meus desejos e loucuras

Profanos! Quase épicos!Mantenham o disfarce! Me permitam que eu passe o dia-a-dia por trás da minha máscara de santa.
Deixem minha crueldade enclausurada no meu âmago noturno!
Controlem-se para que eu possa sorvê-los dentro da minha “falsa sanidade”!
Limitem-se ao sarcasmo enquanto eu me faço de ingênua ou quase estúpida.
Se aquietem! Junto de vocês tenho que enclausurar minha luxúria e minha inteligência pagã...
Louvo! Pois são pedestal invisível da minha essência.
Tormentos internos e sob controle que me diferenciam dos olhares normais...
Protagonistas da minha egofilia,
Exterminadores do meu tédio,
Companheiros da minha solidão,
Musas da minha criação...
...imploro que se mantenham nessa linha tênue entre meu inconsciente e minha ação!
Não adormeçam, mas não acordem, permaneçam em transição.
Desejos e loucuras, negocio nesta carta que sejam apenas o meu diferencial,
Pois percebo que conspiram para migrar,
Do antônimo para o sinônimo
Da minha própria perdição...

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