Eu creio no sagrado, mas eu sou tão pequena que não tenho a pretensão de saber em qual forma ele se apresenta.
Sou tão pouco que não creio que ele seja a minha imagem e semelhança.
Eu o sinto, e sei que ele não se aprisiona entre quatro paredes.
Sei que ele é onipotente e tudo pode, mas dentro apenas do que eu me permito.
Ele é onipresente e está nos lugares em que meu espírito não é cego.
Natureza onisciente que conhece todas as verdades, a medida que nos afastamos da ignorância.
Eu falo com este que pode ser vários, que pode ser nada, pode estar misturado com a natureza ou simplesmente ser ela própria...
Falo com ele através de minhas criações, meus pensamentos, por vezes eu o grito através da minha angústia, me desespero em crer que ele tem uma imagem em função da minha dor, o renego por vezes por o avaliar injusto, o clamo por implorar justiça.
Desconhecido, interpretado, por vezes amaldiçoado, sentido ou ignorado...
Mas basta fechar os olhos, seguir seus pensamentos, ignorar algumas morais, seguir o seu caminho, e talvez aguardar...
Sim, segure a sua revolta, tenha força para suportar as consequências, não se lastime por qualquer incongruência...apenas segue fiel a ti mesmo e as tuas verdades, entenda o que é amor e alteridade...
E aguarde a sua vez, pois o rumo ao seu próprio sagrado é um rio cheio de pedras, tempestades, intempéries, enganos...
Nascente de poucas águas, corrente de tormentos...mas destino que deságua como fortes torrentes, pra se juntar aos mais ricos oceanos.
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